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A Cidade das Sombras
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A Cidade das Sombras - Parte I
por Walter Júnior
Fala galera, leitores assíduos – e outros nem tanto assim –
que sempre visitam meu blog, tudo bem com vocês?
Hoje estaremos iniciando a estória de mistério que envolve “A Cidade das Sombras!”, espero que estejam gostando das estórias e dos textos que estou escrevendo para
vocês, então se tiver coragem vem comigo.
"Não me lembro como cheguei aqui,
mas, isso já não importa, preciso encontrar um jeito de fugir, estou
enlouquecendo.
Meu nome é André, basicamente é o
que sei de mim, o resto de minhas lembranças foram roubadas depois que cheguei
aqui. Será que você pode me ajudar a descobrir uma saída? Sou um jovem como
você, com sonhos, planos e muita coisa ainda para viver.
Estou escondido em um porão e preciso
falar baixinho assim para que eles não me ouçam.
Creio que já enlouqueci, pois
enquanto escrevo essas palavras na parede, imagino que alguém em outro mundo,
outra dimensão, outro pesadelo, poderia estar lendo e quem sabe conseguiria me
dizer como saio daqui.
Enquanto o dia está claro ainda
consigo me sentir um pouco seguro, mas o cair da noite me faz tremer de medo.
Só eu sei o que estou passando. Aqui não há comida, água e nem esperança, caso
eu não morra ao ser encontrado por eles, com certeza morrerei de inanição.
Os sons que vem da rua me
apavoram, sei que existem pessoas como eu lá fora e muitas delas estão sendo
mortas, consigo ouvir os gritos de dor e terror quando eles às encontram,
espero ter melhor sorte que elas.
Penso em sair daqui, enfrentar o
perigo mesmo que seja a minha última decisão errada, mas pelo menos morreria
com coragem e talvez eu descobriria onde estou. Quem sabe conseguiria até sair
vivo desse pesadelo.
Nossa, estou ouvindo sons de
passos se aproximando daqui. Não me entregarei tão facilmente.
- Podem vir, seus demônios. Estou
pronto para vocês!
- Não grite seu idiota, eles irão
nos encontrar!
Enquanto eu pensava que estaria
prestes a enfrentar aqueles seres demoníacos, uma voz doce sussurrou vindo das
sombras.
- Como você me encontrou aqui?
- Eu não sei. Não me lembro de
nada. Quando eu abri os olhos estava deitada na rua aqui de frente, foi quando
vi um daqueles monstros, corri até aqui e por sorte ele não me viu. Foi quando
ouvi alguns sussurros vindo deste porão e resolvi descer para tentar descobrir
como vim parar aqui.
- Estamos na mesma situação,
também não sei como cheguei aqui. O que eu sei é que existem seres lá fora e
que, outros como nós, já foram mortos por eles.
- Precisamos encontrar um modo de
sairmos daqui, não quero morrer neste lugar.
- Eu já pensei em várias formas de
sair daqui, mas nunca tive coragem de colocar nenhuma em prática, todavia,
estou decidido a enfrentar o que for, mesmo que isso custe a minha vida, pois,
prefiro morrer tentando do que aceitar o destino de braços cruzados.
- Gostei de ver. Esqueci de me
apresentar, eu me chamo Roberta.
Estou paralisado olhando para
ela. Não havia reparado em sua beleza até aquele momento.
O amor é um sentimento engraçado,
surge até nas circunstâncias mais extremas. Bom, antes que alguém me critique,
quero dizer que eu acredito em amor à primeira vista, pois quando a gente vem
para terra, somos acompanhados de uma alma gêmea, também chamado de alma
irmã... Bom, essa história você já conhece.
Sei que aquela linda mulher encantou-me
verdadeiramente e, por ela, eu atravessaria até o inferno.
Não sei quais os perigos que nos
esperam do lado de fora, mas irei enfrenta-los.
- Oi, tem alguém aí?
- Nossa, desculpa. São tantas
coisas que acabei viajando em meus pensamentos. Sou o André, prazer conhece-la.
- Precisamos pensar em um plano
de como sair daqui e como enfrentar os perigos lá fora.
- Creio que o primeiro passo é
sabermos que estaremos enfrentando, pois seriamos derrotados rapidamente se fôssemos lá fora sem a mínima ideia do que iremos enfrentar.
Eu e Roberta subiremos agora até a
casa, será a primeira vez que saio do porão desde que cheguei aqui, para falar
a verdade, não sei há quanto tempo estou trancado ali.
- Vamos com cuidado, qualquer
barulho que fizermos poderá atrair esses monstros para cá.
- Veja Roberta, vamos até aquela
janela, acho que conseguiremos ter uma boa visão da rua.
Estamos caminhando até a janela
agora, nossos passos são lentos e macios, temos medo que o piso de madeira faça
algum ruído enquanto nos movimentamos.
Chegamos até a janela, o sol já
está se pondo lá fora e as sombras traduzem o horror que espera por nós.
- Acho melhor ficarmos de guarda
aqui e esperarmos o dia amanhecer, pois, sempre ouço gritos horríveis durante a
noite, acho que deve ser o momento em que eles estão mais ativos.
- Concordo! Faremos o seguinte,
vamos ficar de prontidão aqui na janela em um sistema de guarda, cada um ficará
durante duas horas e depois o outro, isso até amanhecer.
Eu como homem, fui o primeiro a
ficar. A rua estava deserta e o silêncio doía em meus ouvidos, lá fora estava
calmo até demais. Preciso ficar atento.
A Roberta parecia estar bastante
cansada, bastou sentar-se no chão e se encostar na parede que já adormeceu.
Para falar a verdade, estou começando a ficar com sono também, mas fazem apenas
cinco minutos que estou de sentinela, precisarei me manter alerta.
Estranho, estava tudo tão
silencioso e agora estou ouvindo uma melodia, não sei distinguir que som é
esse, mas está me trazendo uma paz enorme, sinto-me seguro e até parece que não
estou nesse inferno.
Vou deixar a Roberta dormindo e
irei até lá fora, nada de ruim irá me acontecer, não existe perigo.
- Onde você está indo seu louco?
- Calma Roberta, está tudo
tranquilo. Não existe perigo nenhum.
Não entendo as mulheres, sempre
preocupadas. Vou só abrir a porta e respirar um ar puro. Eu deveria ter vindo
aqui fora a mais tempo, porque...
O que foi isso? O que estou
fazendo aqui na porta? Por que você está me segurando?
- Fica quieto seu idiota, deixe
eu lhe mostrar uma coisa.
Estamos indo novamente até a
janela, não entendo porque a Roberta está tapando os meus ouvidos, não estou
entendendo mais nada.
- Veja ali nas sombras, está
vendo?
- Não estou vendo nada, acho que
você está imaginando coisas.
- Olha direito seu imbecil, limpe
sua mente e concentre-se.
É difícil limpar a mente quando
uma mulher linda está lhe xingando, mas vou tentar. Não estou vendo nada ali,
mas se ela diz que tem, vou me esforçar mais um pouco mesmo sabendo que não
verei nada além daquela criança parada olhando para nós...
- Claro que estou, era ele que
estava cantando aquela melodia. Percebi que essa é a arma usada por eles para
atrair as pessoas para fora de seus esconderijos.
- Quer dizer, então, que se não
fosse você eu estaria morto agora?
- Sim! Você me deve sua vida.
- Que droga, agora terei que
passar a vida toda ao seu lado, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza,
na alegria e na tristeza, até que a morte nos separe!
1 comentários:
Olá, olá! Não conhecia o blog. Curti.
Seguindo!
Beijos,
http://postandotrechos.blogspot.com.br/
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Agradeço todos os elogios assim como também as críticas, espero crescer a cada dia na escrita e no modo de utilizar as palavras, para que sempre que algum leitor deparar-se com aquilo que escrevo, sinta-se a vontade e confortável para ler.