31 outubro 2015

A Cidade das Sombras - Parte II



Ler Parte I


por Walter Júnior

Fala galera, leitores assíduos – e outros nem tanto assim – que sempre visitam meu blog, tudo bem com vocês?
Hoje estaremos dando continuidade a estória de mistério que envolve “A Cidade das Sombras!”, espero que estejam gostando das estórias e dos textos que estou escrevendo para vocês, então, vem comigo.

 
"- Você é muito estressada, leva tudo a sério!

- Creio que aqui não é hora e nem local para piadas.

Não entendo as mulheres e creio que elas não entendem que esse é o meu modo de lidar com a tensão que estamos vivendo.

Enfim, existe algo apavorante lá fora em meio as sombras, precisamos bolar um plano rápido antes que eles decidam entrar aqui ou que sejamos seduzidos por seu canto.

- Peço que me desculpe pelas brincadeiras, não vai mais acontecer. Precisamos bolar um plano para sairmos daqui.

- Tudo bem, vamos esquecer isso e nos focar em uma maneira de sair desse inferno, mas primeiramente precisamos encontrar um modo de não ser hipnotizados por eles. Mas como?
Estou prestes a enlouquecer, mas, não posso demonstrar isso a ela. Tenho que me manter ativo para não desmotiva-la, essa é nossa única chance. Precisamos um do outro para sobreviver.
Juntos somos mais fortes e precisamos no defender de qualquer coisa de ruim que possa acontecer, pois, se um de nós sucumbir nessa batalha, com certeza o outro não sobreviverá.


- Na hora que aquele ser me hipnotizou, como foi que aconteceu? Não me lembro de nada.

- Eu não vi muita coisa. Estava exausta e adormeci logo que me você assumiu o posto, sei apenas que você tropeçou em minha perna quando estava caminhando para porta e por isso acordei. Levantei, olhei pela janela e vi aquele ser que entoava a melodia que lhe deixou em estado de transe, ainda bem que consegui lhe impedir de sair.

- O que eu não entendo é porque você também não foi atraída pela canção.

- Eu também não sei, talvez ele só consiga atrair um de cada vez.

- Espera um pouco, se for assim, nós temos uma chance. Correremos um grande risco já que teremos que ir lá fora, mas, aqui também é arriscado, pois nada impede deles nos atacarem. Precisamos descobrir o ponto fraco deles e encontrar um modo de sairmos dessa cidade.

- Gostei de ouvir você dizer isso tão confiante, pela primeira vez estou ouvindo você falar como homem.

Não vou nem responder a essa piadinha, pois, para falar a verdade, não estou muito confiante neste plano, todavia, vou enfrentar o que for, prefiro morrer do que ficar mais um dia nesta casa sem saber o que está acontecendo.

- Já está escuro lá fora, melhor passarmos mais essa noite aqui e sair logo ao amanhecer, o perigo só aumenta com o anoitecer, pois não sabemos o que iremos enfrentar.

- Verdade Roberta, se sairmos agora seremos presas fáceis.

- Vamos continuar nosso plano de ficar de sentinelas. Preciso apenas das correias do seu tênis!

- Para que você quer as correias do meu tênis?

- Você é muito lento mesmo André! Vou amarrar sua perna na minha, assim, se um de nós for atraído pela melodia, o outro perceberá e poderá impedir.

- Boa ideia Roberta.

Pelo visto a noite será longa, ter que me preocupar com o que vem da escuridão e ainda suportar a rabugice dessa mulher!"



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Agradeço todos os elogios assim como também as críticas, espero crescer a cada dia na escrita e no modo de utilizar as palavras, para que sempre que algum leitor deparar-se com aquilo que escrevo, sinta-se a vontade e confortável para ler.