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A Cidade das Sombras
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A Cidade das Sombras - Parte IV
Ler Parte I
Ler Parte II
Ler Parte III
por Walter Júnior
Fala galera, leitores assíduos –
e outros nem tanto assim – que sempre visitam meu blog, tudo bem com vocês?
Hoje estaremos dando
continuidade a estória de mistério que envolve “A Cidade das Sombras!”, espero
que estejam gostando das estórias e dos textos que estou escrevendo para vocês,
então, vem comigo.
“Não sei como posso suportar
mais essa vida, sempre a mesma coisa, as mesmas tristezas, as mesmas ilusões.
Sempre sou condenado sem a
possibilidade de qualquer julgamento, por atitudes que alguns julgam ser erradas,
apenas por que eles não concordam com aquilo que vivo e acredito. Não
permitirei que invadam minha vida.
Hoje ouvi uma conversa de meus
pais, eles acreditam que estou louco, mas, o que seria a loucura?
Apenas desejo ser aquilo que sou
sem me importar com os dedos condenatórios da sociedade. Não vou deixar de lado
os meus sonhos, planos, desejos e mascarar minha personalidade para tentar ser
aceito por pessoas frias e amarguradas, as quais, assim se tornaram por um dia
terem aceitado aquilo que querem que eu aceite agora.
Podem me imputar os rótulos que
quiserem. Não vou desistir daquilo que acredito por medo do que pode me
acontecer, prefiro viver em um sanatório o resto de minha vida, do que viver a insanidade
desse mundo. Lá eu estaria ao lado de outros malucos, mas, pelo menos eles
viviam intensamente os seus próprios mundos.
Nesta quinta-feira, dia 25 de
março de 2015, um dia cinzento e frio. A manhã bucólica anunciava que havia chegado
a hora. Sim, eu estava preparado.
O silêncio que entorpecia mais
que qualquer droga que eu já tinha experimentado, parecia nos envolver em uma
densa nuvem negra, ela representava nossa aura, o nosso estado de espirito
naquele momento.
Papai dirigia o carro, com seu
olhar sério e impenetrável. Mamãe como sempre ao seu lado, também nada falava,
mas o brilho de seu olhar ofuscado, denunciava as lágrimas que ela lutava para
segurar. Eu estava sentado no banco de trás, estava começando a construir o meu
próprio mundo, onde os meus medos e minhas alegrias, andariam de mãos dadas,
pois, não buscaria um lugar perfeito, creio que seria chato demais.
O carro finalmente parou, lembro
de todas as imagens e rostos que vi durante o caminho. Descemos e nos
encaminhamos para a recepção da clínica psiquiátrica, um “lar de repouso” para
pessoas como eu.
Segundo o meu psiquiatra, seria
bom para mim passar algum tempo lá, pois, seria acompanhado durante todo o dia
por pessoas que poderiam me monitorar e ministrar corretamente os remédios que
conseguiriam, enfim, me transformar naquilo que meus pais queriam e que
consideravam ser a normalidade que eles esperavam de um filho.
Fiquei sentado enquanto papai e
mamãe tratavam da papelada de minha internação. Sinceramente eu não sentia
raivas deles por conta daquela atitude, na verdade o sentimento que me invadiu
foi o de pena, por saber que naquela altura da vida, meus pais nunca viveram de
verdade, pois o desejo de manter o status social, impediam de cometer as
loucuras que todos precisamos para conseguir ter uma vida plena e saudável.”
Obrigado por acompanhar-me no
desenrolar deste mistério, caso estejam gostando das minhas postagens, peço que
compartilhem com seus amigos e em suas redes sociais, para que assim o nosso
blog possa crescer e eu possa estar contando mais e mais textos, estórias e
histórias para vocês.
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ajuda muito. Até o próximo texto pessoal, fiquem ligados, pois a qualquer hora
novos textos, estórias e histórias estarão nascendo aqui, no blog Trovas de
Pensamentos. Até a próxima.
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