12 outubro 2015

Resgatando a Inocência



Por Walter Júnior

Não faz tanto tempo assim, quando nosso assunto principal eram as brincadeiras que mais gostávamos. Quanto tempo faz que você deixou de ser criança? Bom, eu nunca deixei.
Sinto falta, porém, de quando minha maior preocupação era não perder o horário do meu desenho predileto ou, então, com a prova de matemática que teria no dia seguinte. Nossa, tempos bons.
Creio que se uma criança fizesse a mínima ideia do que é crescer, elas aproveitariam ao máximo cada instante dessa fase maravilhosa e não brincariam de ser adultos, pois elas terão muito tempo para isso, mas, já não será mais uma brincadeira.
Estamos perdendo aquela infância inocência, a mídia e toda essa tecnologia, está roubando a infância de nossas crianças, mas, somos os maiores culpados. Nosso medo da violência que assola as cidades, nos fazem ver com bons olhos para os brinquedos eletrônicos que prendem as crianças dentro dos lares.
Penso, porém, o que seria mais perigoso para nossos filhos. Eles estão crescendo sem aprender o que é a vida real, pois apresentamos apenas uma realidade virtual e, desse modo, não os ensinamos a andar com suas próprias pernas. Precisamos ensinar nossas crianças a enfrentar as dificuldades da vida, socializa-las e mostrar a beleza de uma flor, a emoção de ler um bom livro, a delícia que é sentar em uma roda de amigos e jogar conversa fora.
Nossas crianças precisam pisar descalço no chão e sentir o mundo, elas precisam libertar-se de tudo que não é de acordo com a sua idade. Quando uma criança é criança, ela se torna um adulto pleno, mas, quando isso é roubado dela, gerar-se-á um adulto cheio de traumas, feridas e decepções.
Sei que um dia conseguiremos nosso objetivo, daremos um futuro as nossas crianças, mas precisamos resgatar a inocência, que um dia, na estrada da vida, deixamos para trás.

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Agradeço todos os elogios assim como também as críticas, espero crescer a cada dia na escrita e no modo de utilizar as palavras, para que sempre que algum leitor deparar-se com aquilo que escrevo, sinta-se a vontade e confortável para ler.