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Indústria da Propaganda: entre a ética e o lucro.
O advento das mídias em massa transformou a estrutura e o alcance das peças publicitárias. De certo, a indústria da propaganda evoluiu proporcionalmente as novas tecnologias, contudo, é imprescindível entender como a ética e a responsabilidade social podem estar em harmonia com aquela, sendo esta, uma preocupação basilar e que precisa ser pautada a cada debate sobre o assunto no Brasil.
A princípio, é lícito destacar que a sociedade brasileira, através dos mais variáveis níveis de interação social, demonstra como a publicidade influencia em sua cosmovisão e no seu estilo de vida. Nisso posto, é inegável que o cidadão comum associa a marca de um produto com a ideia de qualidade, assim como, passou a aceitar o nome fantasia de uma empresa como sinônimo de status e posição social. Assim sendo, essa realidade é resultante da conjuntura publicitária que entende a finalidade - o lucro - como justificativa para os meios – a apologia ao consumismo -, exponenciando a guerra entre as classes, a estratificação e o preconceito econômico que tiveram origem na primeira revolução social, um marco para o sistema capitalista, de cuja magnitude e consequências desveladas pelo filósofo alemão Karl Max.
Ademais, vale postular que os desvios comportamentais e alimentares coadunam-se aos anúncios cada vez mais presentes no cotidiano popular e com grande ênfase no público pueril, conforme explicitou a pesquisa Targeting Children With Treats, aonde demonstra que há um acréscimo de 134% no consumo de produtos insalubres por crianças que sofrem com o sobrepeso e são expostas a propagandas destes produtos. Neste fito, o prejuízo causado por este comércio pode tornar-se irreversível se não controlado a tempo.
Destarte, medidas são necessárias para erradicar os estigmas causadas por esse levante propagandista, seja em âmbito comercial, seja em âmbito político, haja vista o aspecto de controle ideológico de massas que foi amplamente utilizado para expandir os ideais nazistas do Terceiro Reich, assim como, para o recrutamento de grupos terroristas como o Estado Islâmico. Por fim, é inegável que a alforria das mentes é necessária para nos livrar do julgo do consumismo e do terror das perversas ideologias difundidas pelas diversas faces da irresponsável e antiética indústria da propaganda.
Walter Júnior
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Agradeço todos os elogios assim como também as críticas, espero crescer a cada dia na escrita e no modo de utilizar as palavras, para que sempre que algum leitor deparar-se com aquilo que escrevo, sinta-se a vontade e confortável para ler.