22 maio 2024

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Anseios poéticos de um mundo que se desfaz

A rua continua deserta,
O sol da liberdade não raiou,
A história estava certa,
Nosso fim realmente chegou.

Sinta o cheiro insuportável,
Das verdades assassinadas,
Tudo isso era tão evitável,
Pelas sociedades alienadas.




Ideologias sangrentas de paz,
Ninguém pode ser tão inocente,
A humanidade foi negligente,
O silêncio é o mal mais sagaz.

Destroem todas as nossas pontes,
Nos encarceram em fracas mentes,
Ameaçam apagar os horizontes,
Outra guerra aperta as correntes.

Nosso planeta obviamente sobreviverá,
Somos a vírgula de uma triste história,
Animal que a si próprio se extinguirá,
Ratos criam ratoeiras e acreditam ser vitória.

Eu acordei e tudo parece como antes,
Todos seguem suas mórbidas vidas,
Anestesiados e cegos seres caminhantes,
Rodam o mecanismo de lei corrompidas.

Sento na cama e meu coração dispara,
É a ansiedade que toma conta e faz pensar:
O nosso futuro é algo que ainda se repara,
Ou a bomba já não se pode desarmar?

Meus anseios criam essas vãs poesias,
Que parecem ser gritos tão inaudíveis,
Não sei até quando ainda haverão dias,
Para lutar contra resultados previsíveis.

Walter Bonfim



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Agradeço todos os elogios assim como também as críticas, espero crescer a cada dia na escrita e no modo de utilizar as palavras, para que sempre que algum leitor deparar-se com aquilo que escrevo, sinta-se a vontade e confortável para ler.